Comparado à Europa, o continente africano ainda é jovem com 40% de sua população com menos de 15 anos. Uma configuração que reflete as condições de saúde, segurança e saneamento, que contribuem com as fragilidade de uma África em crescimento, que concentra as regiões com as menores expectativas de vida do planeta. Apesar dessa realidade, os africanos estão envelhecendo e, segundo uma pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED), ela pode quadruplicar nos próximos 40 anos.
A previsão do estudo da organização francesa é de que o número de pessoas adultas de um salto de 56 milhões em 2010, para 215 milhões daqui em 20150. O continente concentra hoje mais de 1 bilhão de habitantes com uma expectativa de vida média em torno de 57 anos, muito abaixo da Europa, que se orgulha dos seus 78 anos. A taxa de mortalidade infantil das duas regiões também reflete a disparidade. Enquanto na Europa, ela é de 6,4% ao ano, na África, ela chega a 72%, segundo dados da instituição.
Atualmente, estima-se que a África tenha 38 milhões de habitantes acima dos 65 anos, enquanto a Europa, 122 milhões. A pesquisa que foi anunciada nesta quarta-feira faz um alerta às políticas públicas de previdência social e saúde pública, que ao longo dos anos serão sobrecarregadas e que, por isso, devem alteradas e adaptadas ao novo cenário.
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