Violência desloca 800 mil crianças no leste da República Democrática do Congo

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IDPs / Democratic Republic of Congo - Brian Sokol - ACNUR Twa* women stand at a relocation site on the outskirts of Ankoro, Katanga Province, DRC on 9 November, 2014.  Following an attack on the village of Kasonsa by a Twa* local defense force, the entire Twa* population of the area was relocated. While the perpetrators of this attack have been brought to justice, civilians are forced to pay the price. As the people who attacked the village were from the Twa community, all the members of the Twa community had to flee the area by fear of reprisal. They lost their houses, their fields and their crops and now live in makeshift shelters in several sites in and around Ankoro where they struggle to find food and to have access to basic services. Dubbed the “Triangle of Death” due to frequent acts of extreme violence and the presence of armed groups, the north of Congo’s Katanga Province is one of the most dangerous places in Africa. Almost 400,000 people have been forced to flee their homes since the end of 2012, bringing the total number of internally displaced people (IDPs) in the province to nearly 600,000. Between July and September 2014, more than 71,000 people have been newly displaced. Two conflicts affect the population living in the north of Katanga Province. Inter-communal clashes between the Luba and the Twa ethnic groups and continued attacks by the Mai Mai Bataka Katanga rebel militia have claimed an unknown number of lives. Incidents including the looting and burning of entire villages, human rights violations such as murder, mass rape and sexual violence, and the recruitment of children into armed groups are commonplace. The combination of extreme violence and Katanga's geographic remoteness have led to a lack of statistical data and allowed the humanitarian situation to unfold in a near-complete media vacuum. * The Twa are the Pygmies and the Luba are the Bantous. While there have always been cohabitation problems between the two, the Pygmies being treated as inferio
IDPs / Democratic Republic of Congo – Brian Sokol – ACNUR

Com informações da ONU

Mais de 800 mil crianças do leste da República Democrática do Congo tiveram de deixar seus lares devido a confrontos armados. O número foi divulgado nesta semana (25) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que descreveu a situação como “uma das piores crises de deslocamento forçado do mundo” para meninos e meninas. Agência da ONU e parceiros já identificaram mais de 800 casos de abuso sexual contra menores.

Nas províncias de Tanganyika e Kivu do Sul, a violência entre etnias distintas, somada aos conflitos entre o exército nacional e milícias, já deixou cerca de 1,3 milhão de pessoas em situação de deslocamento forçado. Dados recentes coletados pelo UNICEF revelam que, ao longo do ano passado, mais de 3 mil crianças foram recrutadas como soldados por grupos armados.

Também em 2017, os dois departamentos registraram cerca de 18 mil ocorrências suspeitas de cólera — o dobro do identificado em 2016 — e 18 mil casos de sarampo. Nos províncias, muitos centros de saúde deixaram de funcionar.

“Centenas de milhares de crianças na região não têm mais acesso a cuidados médicos ou educação. Outras sofreram atrocidades nas mãos dos combatentes”, afirmou o diretor interino do UNICEF no país, Tajudeen Oyewale.

A violência também impediu que congoleses do leste do país trabalhassem em suas plantações — o que agrava o risco de má nutrição entre milhares de meninos e meninas.