Com informações da ONU
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) comemorou a libertação de mais de 3 mil crianças-soldado sul-sudanesas nesta terça-feira (28), fato considerado uma das maiores desmobilizações de meninos e meninas em zona de conflito. Um grupo inicial de 280 crianças, entre 11 e 17 anos, entregou as armas e uniformes em uma cerimônia, supervisionada pelo UNICEF e a Comissão de Desmobilização e Reintegração Nacional do Sudão do Sul, no estado de Jonglei. Outros atos similares estão planejados para acontecer nos próximos meses.
“Essas crianças foram forçadas a fazer e ver coisas que nenhuma criança deveria experimentar”, disse o representante do UNICEF no país, Jonathan Veitch, lembrando que a liberação desses milhares de meninos e meninas requer uma resposta massiva de apoio e proteção durante o processo de reconstrução de suas vidas. Cara cuidar de cada uma destas crianças, são necessários pouco mais de 2 mil dólares a cada dois anos e o UNICEF precisaria de 10 milhões de dólares adicionar para levar a cabo esta tarefa.
Segundo a agência da ONU, algumas dessas crianças-soldado participam da luta armada há quatro anos e muitas nunca frequentaram a escola. Só no último ano, 12 mil crianças, a maioria meninos, foram recrutados e usados como solados por grupos e forças armadas no Sudão do Sul.
O UNICEF explicou que trabalha para traçar e reunificar as crianças com as suas famílias, um trabalho “assustador”, já que mais de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente ou fugiram para os países vizinhos.
O Sudão do Sul é um dos sete países destacados na campanha da ONU “Crianças, Não Soldados”, que busca acabar com o recrutamento e uso das crianças pelas forças armadas do governo no conflito até o final de 2016.
Com informações da ONU