Somália: Novos ataques deixam dezenas de feridos e mortos

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Residents of the village of Modmoday, 40 kilometres east of the town of Baidoa, Somalia, look on as a soldier of the Somali National Army (SNA) keeps guard. Photo: AU-UN/IST
Residents of the village of Modmoday, 40 kilometres east of the town of Baidoa, Somalia, look on as a soldier of the Somali National Army (SNA) keeps guard. Photo: AU-UN/IST

Após o pior atentado da sua história, que deixou mais de 350 mortos há duas semanas, a capital da Somália, Mogadíscio, sofreu dois novos ataques neste sábado, dia 28. De acordo com o governo, há dezenas de feridos e mais de 20 mortos. 

Frequentado por políticos, o hotel Nasa-Hablod foi o alvo do ataque. Na ocasião, líderes provinciais e funcionários de inteligência estavam reunidos para acordar uma estratégia conjunta contra o al-Shabab, grupo terrorista responsabilizado por diversos ataques no país.

Após a explosão de um carro próximo ao hotel e de uma troca de tiros no interior, uma segunda explosão ocorreu perto do Parlamento. A terceira teria acontecido após uma pessoa detonar um colete preso ao corpo.

AMISOM troops serving in Belet Weyne, Somalia. Photo: AU-UN/Stuart Price
AMISOM troops serving in Belet Weyne, Somalia. Photo: AU-UN/Stuart Price

Localizado na região conhecida como Chifre da África, a Somália faz fronteira com Djibuti, Quênia, Etiópia e Iêmen (na Peninsula Arábica). Com cerca de 10 milhões de habirantes, o país é um dos mais pobres do mundo. Cerca de 65% do seu PIB vêm da agricultura, 25% de serviços e 10% da indústria.

Assista à entrevista da escritora somali Nadifa Mohamed ao Por dentro da África

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A policeman directs traffic at a checkpoint in downtown Mogadishu, Somalia. UN Photo/Tobin Jones
A policeman directs traffic at a checkpoint in downtown Mogadishu, Somalia. UN Photo/Tobin Jones

O país vivencia um longo período de instabilidade política. Devido à sequência de conflitos, foi criada, em 2013, a Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália (UNSOM) pela Resolução 2102 do Conselho de Segurança da ONU. Entre suas funções estão: promoção do respeito pelos direitos humanos, empoderamento das mulheres,  proteção das crianças e prevenção da violência sexual relacionada ao conflito. A missão também monitora e informa abusos ou violações dos direitos humanos.