Relatório aponta que o norte da África é uma das regiões mais perigosas para os jornalistas

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carte_2017_port-cpCom informações do Repórteres Sem Fronteiras
A edição 2017 do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres sem Fronteiras (RSF) está marcada pela banalização dos ataques contra as mídias e o triunfo de políticos autoritários que fazem com que o mundo caia na era da pós-verdade, da propaganda política e da repressão, sobretudo nas democracias. Entre os lugares mais difíceis para exercer a profissão de jornalista estão o Norte da África e o Oriente Médio.

Em primeiro lugar, ficou a Noruega, na outra ponta do ranking, a Eritreia (179a), que autorizou o acesso ao país a equipes de mídias estrangeiras fortemente vigiadas, pela primeira vez desde 2007 saiu do último lugar, deixando-o para a Coreia do Norte.

Nunca a liberdade de imprensa esteve tão ameaçada

A liberdade de imprensa nunca esteve tão ameaçada. Na verdade, o índice global do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa elaborado pela RSF nunca esteve tão elevado (3872). Em cinco anos, o índice de referência usado pela RSF sofreu 14% de degradação. Este ano, cerca de dois terços (62,2%) dos países listados* registraram um agravamento de sua situação, enquanto o número de países onde a situação para as mídias é considerada “boa” ou “quase boa” diminuiu em 2,3%.

A região África do Norte e Oriente Médio, devastada por seus conflitos não somente na Síria, mas também no Iêmen (166a, +4) é a zona do mundo na qual é mais difícil e perigoso para um jornalista exercer sua profissão. N

Classificação por zonas geográficas (ordem decrescente)


Em meio a essa degringolada geral, a Gâmbia (143a, +2) apresentou uma considerável melhora. Livre de seu presidente autocrata, o país redescobre jornais não censurados e pretende reformar uma legislação muito restritiva com relação à imprensa.