Reflexões sobre os 40 anos de (in)dependência de Angola – Parte 2

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Por Mavenda Nuni Áfrika, Por dentro da África

“Os jovens querem tudo resolvido de um dia para o outro”, disse o presidente da República de Angola. Oportunidade a juventude para o crescimento pessoal e coletivo. Será mesmo há oportunidade aos jovens que não se afiliam no MPLA? Discursos esporádicos dirigidos ao povo cego de consciência, de cidadania e de identidade sócio-cutural e política. Esse povo que vê a salvação em um deus branco, pois alguns entrevistados meus responderam que, vão à igreja para ouvir os padres e pastores, mensagens de conforto.

jose eduardo unPois a nossa sociedade não respeita e nem conhece ancestralidade. Na verdade, Angola é um país órfão de africanidade mesmo estando no continente africano. A nação mais ocidentalizada do continente africano ao meu entender continua sendo Angola; vejam alguns pontos: No quesito  religião, 80% são cristãos e ainda tem os neopentecostais e evangélicos que se proliferam a cada dia.

No quesito línguas, o povo angolano não respeita as línguas angolanas. A beleza é hoje uma verdadeira vergonha para algumas meninas que não se sentem bem representado os Black, natural ou carapinha sem artificialidade. A juventude nem participa dos assuntos do país, e ainda confunde o país com os partidos políticos.

As instituições públicas e  privadas valorizam as indumentárias europeias em detrimento das africanas. Na cultura de entretenimento, destacando , por exemplo, os canais mais assistidos pelo povo Angolano, estão aqueles que falam e mostram realidades alheias, e que iludem a maioria dos telespectadores destes canais. Esses canais apresentam as suas marcas consumidas pelos angolanos. Destes pontos, parece que Angola é o país mais ocidentalizado na África.

Podem observar compatriotas, e sei que é um ponto de vista pensado por muitos; até porque nem todos nós pensamos as mesmas coisas.

Leia também: Reflexões sobre os 40 anos de (in)dependência de Angola – Parte 1