Um relatório divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que a prostituição faz parte da realidade de muitas crianças em situação de rua em Djibuti, no Chifre da África.
Elaborado a partir de análises de caso de 1.137 crianças e adolescentes de até 17 anos, o levantamento explica que o Djibuti é um país de trânsito para muitos migrantes de outras nações africanas, que desejam atravessar o oceano e chegar ao Iêmen e à Península Árabe.
Em 2018, a agência da ONU registrou a chegada de 150 mil migrantes ao território iemenita. Desse contingente, 20% eram menores de idade que, durante a travessia, ficaram expostos a desidratação, doenças e abusos de direitos humanos, incluindo tráfico.
Os jovens entrevistados pela OIM para a pesquisa vivem nas ruas da Cidade do Djibuti, capital do país homônimo. Muitos jovens que chegam ao Djibuti se veem “presos”, incapazes de chegar à costa passando por um dos lugares mais quentes e secos na Terra. Dos entrevistados para a pesquisa, 663 crianças tinham menos de nove anos — dessas, 195 eram meninas. Outros 504 jovens tinham de dez a 17 anos (64 eram meninas).
O estudo da OIM foi financiado pela União Europeia por meio de uma iniciativa conjunta do bloco continental e da agência da ONU para a proteção e reintegração de migrantes na região conhecida como Chifre da África.Uma