O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) informou nesta sexta-feira (7) que retomou a distribuição de suplementos alimentares nos campos de refugiados de Dadaab e Kakuma, no Quênia, mas alertou que não há fundos suficientes para fazer transferências de dinheiro durante o verão.
Todo mês, o PMA fornece aos refugiados uma mistura de alimentos – que inclui cereais, leguminosas, óleo vegetal e farinha enriquecida com nutrientes – e envia dinheiro aos migrantes vulneráveis, permitindo que eles comprem produtos alimentares em mercados locais.
Segundo a agência da ONU, será possível oferecer o suplemento completo a todos os refugiados nesses campos de abril a julho. No entanto, o financiamento atualmente disponível para as transferências de dinheiro – que representam 30% da ajuda alimentar – só durará até maio.
“Temos o prazer de anunciar que podemos retomar a distribuição dos suplementos aos refugiados graças às novas contribuições dos doadores”, disse a diretora do PMA para o Quênia, Annalisa Conte.
“No entanto, apelamos aos nossos doadores que continuem disponibilizando recursos de modo que consigamos prosseguir dando a assistência alimentar a 420 mil pessoas.”
No ano passado, a falta de fundos forçou o PMA a cortar a distribuição de alimentos nos campos em 50%, o que colocou em perigo a nutrição e a saúde dos refugiados.
Dadaab, situado na fronteira com a Somália, é o maior campo de refugiados do mundo. Kakuma, na fronteira com o Sudão do Sul e Uganda, recebe centenas de refugiados sudaneses. Ambos os campos são administrados pelo governo queniano.