ONU pede libertação imediata de trabalhadores humanitários sequestrados na Líbia

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Crianças deslocadas de Ajdabiya brincam em um acampamento em Bengazi, Líbia. Foto: OCHA
Crianças deslocadas de Ajdabiya brincam em um acampamento em Bengazi, Líbia. Foto: OCHA

 Com informações da ONU

O coordenador humanitário da ONU na Líbia condenou na terça-feira (3) o sequestro de dois trabalhadores humanitários no sul da Líbia e alertou que as ameaças persistentes contra os trabalhadores humanitários estão dificultando a prestação de ajuda essencial para os mais necessitados na região.

“Os trabalhadores humanitários têm desviado seus caminhos e ido a até 400 quilômetros de distância de suas cidades natais para ajudar populações rurais, apesar dos riscos envolvidos. Eles merecem ser reconhecidos, não sequestrados”, disse o representante da ONU, Ali Al-Za’tari.

Os dois homens sequestrados – Mohamed al-Monsef Ali al-Sha’lali e Walid Ramadan Salhub – trabalham para a organização de caridade “Shaik Tahir Azzawy”, parceira de diversas agências humanitárias internacionais. Eles foram sequestrados no dia 5 de junho em al-Shwayrif, no sul da Líbia, enquanto estavam a caminho do sudoeste do país para entregar ajuda humanitária.

“Estes sequestros contínuos estão minando os esforços para distribuir ajuda humanitária extremamente necessária para as comunidades mais afetadas na Líbia”, disse Al-Za’tari. “Os líbio no sul do país são vítimas pagando o preço por este sequestro que está comprometendo a distribuição de ajuda”, acrescentou.

Apelando por sua “libertação imediata e incondicional”, o funcionário da ONU pediu aos líbios em posições influentes que assegurem a libertação dos dois trabalhadores. O coordenador humanitário da ONU no país chamou a atenção para o fato de que a tomada como reféns e ataques contra civis envolvidos em assistência humanitária são crimes de guerra.

A Líbia tem sido marcada por confrontos entre facções desde a revolução de 2011, com a situação continuando a se deteriorar nos últimos meses em meio à fragmentação política significativa e à violência.