A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na segunda-feira (22) que está aumentando a assistência humanitária nas áreas do nordeste da Nigéria recentemente recuperadas das milícias terroristas do Boko Haram, onde avaliações iniciais revelaram que pessoas enfrentam graves problemas de saúde e precisam de ajuda emergencial.
Segundo a OMS, as taxas de mortalidade são quatro vezes maiores que as encontradas em algumas das 15 áreas do governo local anteriormente detidas pelo grupo armado. Além disso, casos de sarampo também foram relatados na área, e os dois casos de poliomielite encontrados no país pela primeira vez em dois anos ocorreram no estado de Borno.
Em torno de 4,5 milhões de pessoas necessitam de assistência alimentar no nordeste do país, quase o dobro em relação a março deste ano, destacou uma análise realizada em meados de agosto por várias agências, incluindo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
“Todas as indicações apontam para uma situação extremamente grave”, disse o diretor regional da agência da ONU para a África Ocidental, Abdou Dieng, em comunicado à imprensa.
Nos estados de Borno, Yobe e Adamawa, o número de pessoas “lutando com insegurança alimentar grave” ou em “situação de emergência” aumentou quatro vezes desde março, ultrapassando um milhão.
A avaliação do PMA também destacou o aumento dos preços alimentares em áreas afetadas pelo grupo armado, ressaltando que um agravamento na economia pode aumentar o número de pessoas em necessidade urgente em milhões já no próximo mês.
Para responder à situação alarmante, o PMA está ampliando a sua resposta, a fim de chegar a mais de 700 mil pessoas com alimentos e ajuda em dinheiro nos próximos meses. A ajuda incluirá alimentos nutritivos especializado para 150 mil crianças menores de cinco anos