Nigerianos que vivem no Lago Chade recebem assistência

0
565
Lago Chade – Refugiados – ACNUR

Com informações da ONU

 

Mais de 5 mil nigerianos encontraram refúgio no acampamento de Dar es Salam, no lado chadiano do Lago Chade, depois de fugirem da terrível onda de violência de dezembro de 2014 promovida pela milícia Boko Haram. Um total de 2,4 milhões de pessoas no nordeste da Nigéria, Camarões e Níger foram deslocadas em razão da insurgência.

Enquanto o exército chadiano e uma força tarefa regional continuam combatendo o Boko Haram nas províncias ao redor do lago, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) concentra-se na proteção, abrigo e educação de refugiados. Trata-se de expandir os programas de subsistência a fim de atender a um número maior de pessoas em necessidade de assistência, com o objetivo de ajudá-las a retomar suas atividades econômicas e atingir a autossuficiência.

Os programas de subsistência fornecem os meios para que os pescadores do lago voltem a trabalhar. Até agora, 150 famílias beneficiadas receberam canoas, redes e equipamentos básicos de pesca.

O fluxo de refugiados estabilizou-se desde o ano passado, mas a economia na área do lago foi dramaticamente afetada. O fechamento das fronteiras com outros três países da bacia — Nigéria, Camarões e Níger — retraiu a pesca, o pastoreio e a agricultura, e quase interrompeu o comércio regional.

Estes são setores econômicos vitais para a região e para Bagasola, cidade chadiana na qual se localiza o campo de Dar es Salam e na qual está a maioria dos refugiados que escapou em direção ao Chade para fugir da ameaça do Boko Haram na Nigéria.

 

Devido à volatilidade da região e à baixa perspectiva de um retorno dos refugiados num futuro próximo, o ACNUR espera intensificar os programas de subsistência para aqueles que estão no campo, para a comunidade de acolhimento regional e em Bagasola.

Os beneficiários recebem uma média de 10 dólares por semana, o que ajuda no sustento de suas famílias. No entanto, o programa abrange apenas 8% dos refugiados que vivem no campo e nos arredores da cidade. Mais financiamento é necessário para que outros pescadores, agricultores, pastores e comerciantes possam ser incluídos.

Para o ACNUR e parceiros, o apoio à subsistência, para que os recursos limitados nos arredores de Bagasola sejam compartilhados, é essencial para alcançar a sustentabilidade e a coesão entre os refugiados e a comunidade que os acolhe.