Com informações da ONU News
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) deve ajudar 750 mil deslocados pela violência no norte de Moçambique, bem como pessoas vulneráveis nas comunidades de acolhimento. Apesar dos desafios logísticos e de segurança, essa ajuda será distribuída nos próximos meses nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa e Zambézia.
Desde 2017, Cabo Delgado se tornou o centro de um confronto entre grupos estatais não-armados e extremistas islâmicos e tropas do governo de Moçambique. Somente o ataque à cidade de Palma, no final de março, deixou cerca de 50 mil civis precisando de assistência urgente. O PMA estima que 23 mil pessoas foram deixadas para trás.
A agência da ONU tem trabalhado tanto com os deslocados internos como com as comunidades de acolhimento à medida que o conflito se intensifica. Até o momento, os ataques já deslocaram mais de 668 mil pessoas.
Para a representante do PMA no país, Antonella D’Aprile, “esta é uma catástrofe humanitária de proporções épicas. As pessoas estão completamente traumatizadas com a violência que testemunharam nos últimos dias e agora, mais do que nunca, precisam de ajuda.”
Em resposta, o PMA está fornecendo assistência alimentar de emergência, incluindo biscoitos fortificados e rações de arroz, leguminosas, óleo vegetal, alimentos enlatados como sardinha e feijão e água. O Serviço Aéreo Humanitário da ONU, administrado pelo PMA, já evacuou 380 civis em necessidade desesperada, incluindo mulheres, crianças e pessoas feridas.