Escritório da ONU na Guiné-Bissau manterá operações de paz por mais um ano

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Bissau - ONU
Impasse político ameaça desenvolvimento do país. Miséria e falta de serviços básicos para a população são fontes de instabilidade, segundo o Conselho de Segurança. Foto: Flickr (CC) / Ora International

Com informações da ONU

Em resolução aprovada na última sexta-feira (26), o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu estender, por mais um ano, o mandato do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Entre 1º de março desse ano e 28 de fevereiro de 2017, o escritório vai apoiar os esforços de reconciliação e diálogo nacionais no país da África Ocidental que, atualmente, enfrenta um impasse político devido a divergências entre os poderes.

Segundo o Conselho, para que o governo da Guiné-Bissau consiga levar a nação à paz e à estabilidade, são necessárias reformas no setor de segurança e na administração pública. Combater a corrupção e oferecer serviços básicos para a população são “medidas concretas” que as autoridades podem tomar para mitigar tensões contínuas.

O organismo da ONU expressou preocupação quanto aos embates entre o presidente, o primeiro-ministro, o presidente do Parlamento e os chefes de partidos políticos. Há cerca de duas semanas, o chefe do UNIOGBIS, Miguel Trovoada, já havia alertado o Conselho a respeito das perigosas consequências da crise, que ameaça o desenvolvimento do país.

Durante o próximo ano, o Gabinete prestará aconselhamento técnico e estratégico para futuras reformas no setor de segurança nacional e para o desenvolvimento de sistemas de justiça para civis e militares, em acordo com padrões internacionais.

De acordo com o Conselho de Segurança, a atual dinâmica entre os setores político e militar, bem como violações dos direitos humanos, são algumas das causas da instabilidade na Guiné-Bissau. O tráfico de drogas também representa uma ameaça à paz do país, segundo o organismo da ONU.

Daqui a sete meses, o Conselho de Segurança planeja rever sanções impostas a partes políticas do país logo após o golpe de Estado realizado em 2012.