No dia 9 de julho, os governos da Eritreia e Etiópia assinaram uma declaração de paz após duas décadas de hostilidades. O primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed e o presidente eritreu Isaias Afwerki assinaram um documento se comprometendo, por exemplo, a reabrir o espaço aéreo entre os dois países e a pôr fim ao bloqueio nas telecomunicações.
“Para o bem da nossa cultura e do nosso benefício histórico, nós abandonamos o ódio e a vingança do passado e decidimos seguir em frente para nosso desenvolvimento mútuo e para benefício mútuo”, disse Isaias, em discurso.
Os dois países selaram uma série de acordos, restaurando relações diplomáticas, além de permitirem o uso dos portos do Mar Vermelho na Etiópia.
Desde 1962, quando os britânicos deixaram a região, a Eritreia lutava pela independência da Etiópia. Em 1991, foi realizado um referendo que conduziu a uma separação pacífica, em 1993. No entanto, o acordo de ambas as partes não tinha definido em vários pontos a demarcação definitiva de uma fronteira comum.
Em maio de 1998 as tropas da Eritreia ocuparam e anexaram a região de Badme. A Etiópia declarou guerra e mobilizou o seu exército com o objetivo de contra-atacar. A guerra entre os dois países durou pouco mais de dois anos e causou mais de 50 mil mortes.
Em dezembro de 2002, os adversários concordaram em um acordo de paz e foi definida uma zona de segurança temporária de 25 km, desmilitarizada, dentro da Eritreia, ocupada pelas tropas de paz das Nações Unidas. (Wikipedia)