Com o conflito chegando a seu quinto ano, aproximadamente 2,5 milhões de sul-sudaneses foram forçados a deixar o país em direção a cinco nações vizinhas — Uganda, Quênia, Sudão, Etiópia, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. A previsão é de que o número de deslocados ultrapasse 3 milhões até o final deste ano, tornando a crise de refugiados do Sudão do Sul a maior do mundo desde o genocídio de Ruanda, em 1994.
Uganda, país que mais acolhe refugiados sul-sudaneses, com mais de 1 milhão no país, deverá abrigar outros 250 mil este ano. No Sudão, o número de refugiados deve exceder a marca de 1 milhão.
Aproximadamente 90% dos deslocados internos são mulheres e crianças e cerca de 65% têm menos de 18 anos. As mulheres denunciaram casos de estupro e outras formas de violência, assassinato de seus maridos e desaparecimento de crianças durante suas travessias.
Mesmo diante desse cenário, o financiamento para a crise de refugiados do Sudão do Sul permanece desanimadoramente baixo, com apenas 33% dos fundos solicitados.
As necessidades humanitárias no Sudão do Sul continuam a aumentar em um nível alarmante. Quase 7 milhões de pessoas, incluindo 2 milhões de deslocados internos, permanecem com necessidade urgente de assistência e proteção. Muitos estão sob o risco de desnutrição. Crianças estão incapazes de irem à escola ou de receber assistência médica adequada e, geralmente, estão sem abrigos.