Fernando Guelengue, Por dentro da África
Luanda – Os familiares e ativistas de vários movimentos da sociedade civil angolana se concentraram na tarde desta sexta-feira, no largo do 1 de Maio, em Luanda, pedindo a libertação dos ativistas presos desde o dia 20 de junho. – Opine no fórum abaixo!
O protesto, que foi impedido pela ocupação do local pela Polícia Nacional, foi organizado para exigir a liberdade dos presos políticos detidos há mais de dois meses, sob acusação de golpe de Estado contra o presidente, no poder desde 1977.
Em gesto de continuidade do protesto, os familiares ofereceram aos comandantes da Polícia Nacional, agentes dos Serviços Secretos e quem mais passasse pelo Largo do 1* de Maio, flores brancas para simbolizar a paz, democracia e liberdade.
Segundo os familiares e relatos de ativistas, no começo da manhã, a cidade registrava uma concentração de militares da Unidade da Guarda Presidencial e agentes da Polícia Nacional armados aos dentes para intimidar e desencorajar a realização da marcha.
– Desde que começamos a nos movimentar, estamos sendo seguidos pelos abrutes dos Serviços de Informação do Estado e agentes da Polícia Nacional- , disse Esperança Gonga, esposa do professor e ativista dos direitos humanos, Domingos da Cruz, também detido.
A ausência dos demais organizadores da marcha e vigília é vista como estratégia dos serviços de informação que tudo fazem para dificultar a vida deles. A esposa de um dos ativistas que não citou o nome foi informada de que não vai continuar na casa onde mora.
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