África do Sul comemora 60 anos da Carta da Liberdade

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Rio – Neste mês, a África do Sul receberá uma série de encontros com o objetivo de celebrar o 60º aniversário da proclamação da Carta da Liberdade.

Em 1955, o Congresso Nacional Africano (partido que tornou Nelson Mandela o presidente da África do Sul) enviou cerca de 50 mil voluntários para coletar informações sobre as demandas do povo da África do Sul. Isto foi sintetizado em um documento final adotado oficialmente em 26 de junho de 1955, no Congresso do Povo em Kliptown.

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A Carta defendia igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, independentemente de sua etnia, e ainda a reforma agrária, melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda, obrigatoriedade do ensino público e leis efetivamente justas.

Leia um trecho da carta:

– Que a África do Sul pertence a todos os que nela vivem, negros e brancos, e que nenhum governo pode afirmar autoridade a menos que se seja na vontade de todos os povos;

Que nosso povo tem roubado de sua terra de nascença, a liberdade e a paz, uma forma de governo fundado na injustiça e desigualdade; – Que o nosso país nunca será próspero e livre até que todo o nosso povo viva em fraternidade, que goze de direitos e oportunidades iguais;

Que somente um Estado democrático, baseado na vontade de todos os povos, pode garantir a todos o seu direito de primogenitura, sem distinção de cor, raça, sexo ou crença;

E, portanto, nós, o povo da África do Sul, negros e brancos juntos iguais, compatriotas e irmãos adotamos esta Carta da Liberdade; – E nós nos comprometemos a lutar em conjunto, poupando nem a força nem coragem, até que as mudanças democráticas aqui estabelecidas forem ganhas. – Fonte: Congresso Nacional Africano