Segundo o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária (OCHA), mais de 6,3 milhões de pessoas enfrentam crise alimentar no Sudão. O número corresponde a 14% da população do país e é o mais alto desde que foi iniciada a análise integrada da segurança alimentar no Sudão, em 2007.
Entre as causas da atual crise estão os “desafios macroeconómicos significativos” que resultaram em altas taxas de inflação, na subida dos preços dos alimentos e na falta de moeda estrangeira e fundos.
O aumento do custo de vida no país provocou protestos que começaram em dezembro e culminaram com a queda do presidente Omar al-Bashir cerca de quatro meses depois. Com o valor do salário, os sudaneses não podiam comprar alimentos. Os comerciantes e agricultores não suportavam os custos de combustível e nem bancos e caixas eletrônicos podiam ter dinheiro suficiente.
Especialistas das Nações Unidas avaliam o impacto da situação com parceiros, mas destacam que diante da última avaliação a prioridade deve ser dada à resposta à insegurança alimentar e ao apoio à subsistência.
A organização publicou um plano de resposta humanitária para o país, que recebeu somente 31% dos US$ 1,1 bilhão previstos para ajudar cerca de 4,4 milhões de sudaneses.