Conflitos deixam centenas de mortos e deslocados no Sudão do Sul

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Sudão do Sul - Reprodução ONU
Sudão do Sul – Reprodução ONU

Com informações da ONU

O Conselho de Segurança e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenaram com veemência a escalada da violência na capital do Sudão do Sul, Juba. Os ataques iniciados no dia 7 de julho já deixaram centenas de mortos. O jovem país celebrou cinco anos de independência no sábado (9) e enfrenta uma guerra civil há mais de dois anos.

Os integrantes do Conselho fizeram uma reunião de emergência de três horas e pediram que o presidente, Salva Kiir, e o vice-presidente, Reik Machar, controlem seus exércitos, que atacaram inclusive instalações da ONU que protegem civis na capital. Membros das Forças de Paz da China e de Ruanda foram mortos ou ficaram feridos.

“Os membros do Conselho condenaram energicamente os ataques contra civis e contra as Nações Unidas. Eles enfatizaram que os locais de proteção de civis e o pessoal da ONU precisam permanecer seguros”, afirmou o embaixador Koro Bessho, do Japão, presidente do Conselho neste mês. Ataques a civis e contra instalações e pessoal das Nações Unidas são considerados crimes de guerra.

O Conselho de Segurança pediu ainda que os dois líderes “genuinamente se comprometam a implementar imediatamente o acordo de paz, incluindo o cessar-fogo permanente e a retirada das forças militares de Juba”. O Conselho alertou ainda que os países da região devem estar preparados para enviar tropas adicionais à região, caso necessário.

“Esta violência gratuita e absurda é inaceitável e pode reverter o progresso alcançado até aqui no processo de paz”, afirmou Ban Ki-moon, ao externar profunda frustração com a situação no local.

“Os dirigentes precisam evitar a escalada da violência em outras partes do país, garantir a segurança e proteção dos civis, incluindo membros das Forças de Paz, e genuinamente se comprometer em implementar integralmente o acordo de paz”, afirmou.

A Missão da ONU no País manifestou repúdio à situação próximo às instalações que atendem  milhares de pessoas – cerca de 170 mil civis buscam abrigo nas bases da ONU no país. Os combates na capital forçaram centenas de civis a buscar abrigo.