Rio – O crescimento econômico na África Subsariana deverá superar 5% no período 2013-2015, em virtude dos elevados preços das matérias-primas e dos gastos dos consumidores do continente, segundo dados da mais recente edição de Africa’s Pulse do Banco Mundial, uma análise bianual das questões que determinam as perspetivas econômicas do continente. Em 2012, cerca de 25% dos países do continente cresceram 7%. Países como Serra Leoa, Níger, Costa do Marfim, Libéria, Etiópia, Burkina Faso e Ruanda situam-se agora entre as nações de maior rápido crescimento do mundo.
O novo relatório do Banco Mundial prevê que as perspetivas de crescimento a médio prazo serão apoiadas por uma gradual melhoria da economia mundial, preços elevados das matérias-primas e maior investimento em infraestruturas regionais, comércio e crescimento dos negócios.
Saudando esta nova avaliação de que a África continuará a crescer mais rapidamente que a média global, o vice-presidente do Banco Mundial Makhtar Diop destacou a necessidade de progressos mais rápidos em áreas como a eletricidade e a alimentação nas zonas vulneráveis do Sahel e do Chifre da África, e a necessidade de aumentar consideravelmente a energia e a produtividade agrícola.
Novas descobertas de minérios dão impulso ao crescimento
Africa’s Pulse revela que recentes descobertas de petróleo, gás natural, cobre e outros minérios estratégicos, além da expansão de várias minas ou abertura de novas, em Moçambique, Níger, Serra Leoa e Zâmbia, sustentam um sólido crescimento econômico em todo o continente. A previsão é de que, em 2020, exista apenas 4 ou 5 países na região que não estejam envolvidos na exploração de algum tipo de minério, tal é a abundância de recursos naturais em África.
Segundo o Banco Mundial, atendendo ao volume de receitas provenientes de minérios que serão explorados em toda a região, os países africanos ricos em recursos deverão investir em novos ganhos para a saúde, educação, emprego e redução da pobreza dos seus povos para maximizar as perspetivas nacionais de desenvolvimento.
Com informações do Banco Mundial