Desastres naturais levam 24 milhões de pessoas por ano a situações de pobreza

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FAO’s irrigation and income diversification projects have become instrumental in tackling the negative impacts of El Niño- induced drought for pastoral and agro-pastoral communities in Afar Region. 08 February 2016, Addis Ababa, Ethiopia. Photo: FAO/Tamiru Legesse
FAO’s irrigation and income diversification projects have become instrumental in tackling the negative impacts of El Niño- induced drought for pastoral and agro-pastoral communities in Afar Region. 08 February 2016, Addis Ababa, Ethiopia. Photo: FAO/Tamiru Legesse

Com informações da ONU

Catástrofes naturais fazem com que, anualmente, 24 milhões de indivíduos sejam levadas à miséria, alertou na semana passada o secretário-geral da ONU, António Guterres. Dirigente pediu mais compromisso com marcos globais para combater a ameaça dos desastres. Segundo novo relatório do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR), fenômenos extremos deslocam cerca de 14 milhões de pessoas por ano.

Produzida a partir de dados de 204 países, a pesquisa do UNISDR alerta que, dos dez países mais suscetíveis à destruição e à consequente migração associada aos fenômenos extremos, oito são do Sul e Sudeste da Ásia.

Na Índia, 2,3 milhões de pessoas estão sob a ameaça de, no futuro, ter de se deslocar por causa da devastação provocada por catástrofes naturais. Na China, o número estimado pela agência da ONU é de 1,3 milhão. O gigante oriental é seguido por Bangladesh (1,2 milhão), Vietnã (1 milhão), Filipinas (720 mil), Mianmar (570 mil), Paquistão (460 mil), Indonésia (380 mil), Rússia (250 mil) e Estados Unidas (230 mil).

O administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, lembrou que regiões da Ásia já são afetadas atualmente por desastres naturais e que, no continente africano, mais de 20 países declararam estado de emergência pela seca.

“Recorde de inundações em Bangladesh, Índia e Nepal tornaram a vida miserável para cerca de 40 milhões de pessoas. Mais de 1,2 mil pessoas morreram, e muitas outras perderam suas casas. Plantações foram destruídas, e muitos locais de trabalho, inundados. Enquanto isso, na África, nos últimos 18 meses, 20 países declararam estado de emergência pela seca, com grandes deslocamentos ocorrendo em toda a região do Chifre”, disse o dirigente em mensagem assinada também por Robert Glasser e Patricia Espinosa, secretária-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).