ONU e parceiros querem eliminar malária até 2030

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Foto: Banco Mundial/Arne Hoel
Foto: Banco Mundial/Arne Hoel

Com informações da ONU

Nesta segunda-feira, líderes mundiais estão reunidos na Terceira Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, em Adis Abeba (Etiópia) para discutir a aprovação da nova Estratégia Técnica Global para Malária 2016-2030 pela Assembleia Mundial da Saúde e a Ação e Investimento para Eliminar a Malária até 2030 – por um mundo livre da malária, da Parceria Roll Back Malaria (RBM).

O progresso na luta contra a malária desde 2000 resultou na redução da mortalidade pela doença em 58% – com mais de 6,2 milhões de mortes por malária evitadas entre 2001 e 2015. No entanto, a malária continua sendo a principal causa e consequência da pobreza e da desigualdade mundial. Ela dificulta o desenvolvimento econômico, enfraquece a segurança alimentar, impede crianças de irem para escola, e retém a capacidade de resposta dos sistemas nacionais para responder efetivamente ameaças à segurança da saúde.

O resultado de consultas mundiais a especialistas em regiões, países e comunidades afetadas, a complementação da Estratégia Técnica Global para Malária e os documentos da Ação e Investimento para Eliminar a Malária até 2030 compartilham o cronograma dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e fornecem etapas para medir o progresso. Juntos, os documentos expõem as estratégias técnicas necessárias para continuar diminuindo o peso da malária, enquanto mapeiam o investimento e ações coletivas necessárias para atingir a meta de redução global da incidência de casos e mortes por malária em 90% até 2030 – comparado a 2015 – e eliminando a doença em 35 países adicionais.

Apesar de ser completamente tratável e evitável, a OMS estimou que haverá 214 milhões de casos de infecção por malária em 2015, provocando a morte de aproximadamente 472 mil pessoas, em sua maioria crianças africanas menores de cinco anos. Mesmo com os progressos sem precedentes até então, mais da metade da população mundial mantém-se em risco de infecção por malária nos dias de hoje.

Enquanto o financiamento internacional e nacional total atingiu um pico de 2,7 bilhões de dólares em 2013, declínios atuais no financiamento do desenvolvimento internacional estão impactando a capacidade mundial em manter o progresso contra a malária. A aceleração em direção a eliminação da malária exigirá um maior financiamento por parte da comunidade internacional de doadores, bem como o aumento do financiamento interno por países afetados.

“O investimento para alcançar as novas metas de malária para 2030 vai evitar aproximadamente 3 bilhões de casos de malária e salvar mais de 10 milhões de vidas. Se somos capazes de alcançar essas metas, o mundo vai gerar 4 trilhões de dólares em produção econômica adicional entre o período de 2016-2030”, disse a diretora executiva da Parceria Roll Back Malaria, Fatoumata Nafo-Traoré. “Agora, mais do que nunca, devemos focar novamente os nossos esforços e comprometer novamente nossos orçamentos para que possamos continuar salvando vidas e para desbloquear o potencial econômico em comunidades ao redor do mundo”.

A um custo de 5-8 dólares por caso evitado, a malária tem continuamente provado ser um dos investimentos mais rentáveis na saúde pública, com investimentos relativamente baixos produzindo resultados elevados, mesmo para além do setor da saúde. E especialistas estimam que o retorno só vai continuar crescendo com os países começando a focar em metas de eliminação.

Nova análise da Ação e Investimento para Eliminar a Malária revela que o retorno mundial sobre o investimento de alcançar as metas de malária para 2030 é de 40:1, subindo para um nível sem precedentes de 60:1 para a África subsaariana. Isso reforça a evidência de que esforços contínuos para reduzir o fardo da malária têm o potencial de estimular o crescimento transformador e inclusivo.

O documento completo AIM está disponível para download em: http://bit.ly/1G5NvnI