RIO – Segundo a Organização das Nações Unidas, uma em cada três mulheres em todo o mundo sofrerá abuso físico e sexual. Em um movimento global contra a violência que atinge meninas e mulheres, o “V-Day” comemora 15 anos de ativismo pedindo que um bilhão de mulheres e homens saiam de suas casas e escritórios para dançarem e protestarem pela causa.
Na campanha “One Billion Rising” (Um bilhão se erguem”), um coro é reforçado para dizer não à violência, causa da ativista estadunidense Eve Ensler, fundadora do “V-Day” e do “The Vagina Monologues” (Os monólogos da vagina), traduzido para 50 línguas em mais de 140 países. Cada monólogo da série aborda uma experiência feminina que retrata o orgasmo, amor, estupro, mutilação sexual…
A campanha, criada em 2012, é realizada em um momento de discussão global sobre a violência contra as mulheres com exemplos trágicos como o caso de Jyoti Singh, de 23 anos, estuprada e morta por um grupo de homens em Nova Deli, na Índia, em dezembro do ano passado. Outro caso que chocou o mundo foi o de Anene Booysen, de 17 anos, estuprada e mutilada na Cidade do Cabo, África do Sul, também por um grupo de criminosos no último mês.
Na República Democrática do Congo, onde o estupro é usado como arma de Guerra, o “V-Day” ganhou força. Em 2011, o movimento e a fundação Panzi abriu “City of Joy”, uma comunidade dedicada às mulheres sobreviventes da violência de gênero no país. Na comunidade, mais de 180 mulheres participam de grupos de terapia, educação sexual, economia e de atividades culturais.
O “One Billion Rising” está acontecendo simultaneamente em diferentes países, principalmente em nações africanas, onde a luta contra a violência sexual ainda é um grande desafio a ser superado.
Por dentro da África