A Batalha de Argel: filme narra eventos decisivos da guerra pela independência da Argélia

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Cena de A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo
Cena de A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo

Por dentro da África

La battaglia di Algeri’, ou ‘A Batalha de Argel’ narra eventos decisivos da guerra pela independência da Argélia (1962). O roteiro se baseia em fatos ocorridos no período entre 1954 e 1962, mostrando os dois lados do conflito.

Enquanto o exército usava técnicas de tortura e atacava os rebeldes, a Frente de Libertação Nacional (FLN) desenvolvia técnicas não-convencionais de combate, baseadas na guerrilha e terrorismo.

Em sua primeira parte, o filme (filmado em preto-e-branco, com atores argelinos e franceses desconhecidos), exibe a campanha de terror desencadeada pela Frente de Libertação Nacional contra o domínio colonial francês, já a segunda metade destaca a reação do exército francês, que consiste principalmente em uma campanha de tortura e assassinatos.

As ações terroristas se intensificaram à medida que a repressão se torna mais eficiente, passando dos assassinatos de policiais às bombas em restaurantes, bares e clubes frequentados por jovens franceses.

Apesar da obra ser de 1965, a temática da violência é abordada de tal forma que faz com que o filme, falado em francês e árabe e dirigido pelo italiano Gillo Pontecorvo, seja sempre atual, pois poderíamos ainda utilizá-lo para compreender conflitos em diferentes lugares, como na Palestina.

A tortura, ao lado do terrorismo, permanece como um dos temas mais atuais e faz com que o filme preserve sua força como marco do cinema político. Em 2014, A Batalha de Argel ganhou uma nova edição em DVD do Instituto Moreira Salles (IMS), acompanhado de um ensaio de 28 páginas assinado pelo crítico José Carlos Avellar, curador da área de cinema do IMS.

Com informações do Wikipedia, IMS