Após 20 anos de independência, a Namíbia permanece marcada pela desigualdade social. O país é possui o maior abismo entre ricos e pobres da África e um dos maiores de todo o mundo. O cenário é ainda mais trágico para as mulheres, parte da população mais afetada pela má distribuição de renda.
De acordo com Margarida Sepúlveda, relatora das Nações Unidas sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, as mulheres continuam sem acesso à terra, mais afetadas pelo desemprego e pelo HIV/Aids do que os homens. Em comunicado, ela afirmou que embora compreenda o que chamou de “legado prejudicial da colonização”, o progresso ainda não está ocorrendo da forma necessária.
O país é rico em recursos naturais e tem um Produto Interno Bruto que o coloca na lista de nações de renda média. Apesar disso, o crescimento econômico não beneficia os pobres. O relatório da visita à Namíbia deve ser entregue ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em junho de 2013.