Rio – Acusado de ter cometido crimes contra a Humanidade, o vice-presidente do Quênia, William Ruto, declarou inocência durante a audiência desta terça-feira no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda.
Ruto e o presidente do país Uhuru Kenyatta (cuja audiência está marcada para novembro) são acusados de incitar a onda de violência após as eleições presidenciais de dezembro de 2007 e de planejar assassinatos.
O episódio deixou um triste saldo de cerca de 1.100 mortos, 3.500 feridos e até 600 mil deslocados, segundo as Nações Unidas.
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São julgados pelo TPI apenas os seus Estados-membros que tenham cometido crimes de guerra, que inclui a maior parte das violações graves do Direito Internacional Humanitário mencionadas nas Convenções de Genebra como o genocídio (praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso).
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Poucos dias antes do início do julgamento, na última quinta-feira, o Parlamento queniano decidiu que o país deveria deixar o quadro da Corte Internacional de Haia.
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