Turbulência politica em Guiné-Bissau pode minar os ganhos no país, afirmam funcionários da ONU

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Guiné-Bissau - Registro da leitora Fotógrafa Virginia Maria Yunes — em Guiné-Bissau.
Guiné-Bissau – Registro da leitora Fotógrafa Virginia Maria Yunes — em Guiné-Bissau.

Com informações da ONU

Com a Guiné-Bissau enfrentando turbulência política apenas um ano após o restabelecimento da ordem constitucional, o Escritório de Consolidação da Paz Integrado no país (UNIOGBIS) expressou nesta segunda-feira (31) esperança de que líderes políticos assumam sua “responsabilidade histórica” para preservar os ganhos obtidos até agora no interesse do país e sua população.

Falando ao Conselho de Segurança da ONU, o representante especial da ONU na Guiné-Bissau e chefe do UNIOGBIS, Miguel Trovoada, apresentou o mais recente relatório do secretário-geral sobre as atividades do Escritório e lembrou que relatórios anteriormente apresentados ao Conselho sempre ressaltaram como a fragilidade da Guiné-Bissau estava enraizada na incapacidade de resolver as causas subjacentes.

“A falta de diálogo abriu a porta para mais desconfiança e aprofundou antagonismos, o que levou à situação atual”, disse Trovoada para o Conselho em uma reunião que também incluiu uma sessão de informação sobre a resposta da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas para a crise, pelo embaixador do Brasil junto à ONU, Antonio de Aguiar Patriota.

O chefe da UNIOGBIS disse que mantém contatos frequentes com líderes de governo e da sociedade civil para promover o diálogo e todos afirmaram sua firme determinação de respeitar a Constituição.

Segundo Patriota, a crise atual carrega o risco de ter um impacto negativo sobre a situação econômica já frágil no país, sobre sua estabilidade e de suas conquistas democráticas. O objetivo principal deve ser impedir que a escalada da crise política mine o progresso alcançado até agora.