Atualizado em 15 de outubro de 2016
Por dentro da África
Fonte de inspiração para os jovens de Burkina Faso, o revolucionário Thomas Sankara, morto em 1987 durante golpe de Estado, foi um combatente do imperialismo e defensor dos direitos das mulheres. O seu legado recorda a crença da unidade africana, na luta de libertação africana.
Sankara liderou a “revolução democrática e popular” com as tarefas de erradicar a corrupção, a degradação ambiental, incentivar o empoderamento das mulheres, o acesso à educação. Durante a sua presidência, Sankara implementou programas que reduziram a mortalidade infantil, aumentaram as taxas de alfabetização e a frequência escolar.
“A revolução e a libertação das mulheres andam juntas. Nós não falamos de emancipação das mulheres como um ato de caridade ou por causa de uma onda de compaixão humana. É uma necessidade básica para o triunfo da revolução”.(sankara)
Na frente ambiental, somente no primeiro ano de sua presidência (1983), 10 milhões de árvores foram plantadas para combater a desertificação. No primeiro aniversário do golpe que o havia levado ao poder, ele mudou a bandeira, o hino e o nome de República do Alto Volta para Burkina Faso, o que significa “terra de pessoas honestas (ou íntegras)” em mossi e dyula, duas línguas indígenas mais faladas do país.
As causas de sua morte não foram absolutamente esclarecidas e 28 anos após o 15 de outubro de 1987, o assassinato ainda está sob investigação apontando que o corpo do ex-presidente estava cheio de balas. Nos próximos meses, oito acusados irão ai tribunal, entre eles, Nabonswendé Ouédraogo, médico do exército que declarou que Sankara havia morrido de “causas naturais”.
“Nós não somos contra o progresso, mas nós não queremos o progresso que é anárquico e criminalmente negligencia os direitos dos outros”. (sankara)