Por dentro da África
Rio – Meriam Ibrahim, a sudanesa condenada à morte por ser cristã, chegou acompanhada da família, à Itália, nesta quinta-feira. Eles deixaram o Sudão com o apoio do vice-ministro das Relações Exteriores italiano, Lapo Pistelli. Mãe de um menino de 1 ano e meio e de uma menina de dois meses, Meriam afirma que é cristã, mas o tribunal sudanês insistia que ela era de origem muçulmana e que teria renegado a sua religião.
A sudanesa estava com a família há um mês na embaixada dos Estados Unidos em Cartum (capital do Sudão). Após ser libertada da prisão, no dia 23 de junho, Meriam e a família foram detidos no aeroporto de Cartum e proibidos de deixarem o país. No dia 26 de junho, pediram asilo à embaixada dos Estados Unidos, onde ficaram até o embarque para a Itália.
– Mariam é católica, sempre foi cristã. Ela não sabe absolutamente nada sobre o Islamismo. O governo a pressionou e chegou a essa sentença absurda por conta da Sharia – disse em entrevista ao Por dentro da África a ativista sudanesa Mai Shutta, que mobilizou campanhas e protestos sobre o caso.
Por dentro da África