Sahel: Enviado especial da ONU apresenta estratégia para conter crise

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Sahel - UN Rio – O enviado especial da ONU para a região do Sahel, Romano Prodi, apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma estratégia para recuperar a região africana. As medidas pretendem melhorar o modo como a organização lida com a resiliência – capacidade de resistência e resposta a crises –, as ameaças transfronteiriças e os esforços para governos mais inclusivos.

A região do Sahel vai da Mauritânia até a Eritreia, passando por Burkina Faso, Chade, Mali, Níger, Nigéria, Senegal e Sudão – uma faixa que divide o deserto do Saara e as savanas ao sul.

O último relatório do secretário-geral da ONU sobre o Sahel ressalta que as rotas de comércio em toda a Argélia, Burkina Faso, Chade, Líbia, Mali, Mauritânia e Níger são as mais vulneráveis aos ataques terroristas e a crimes. Ele também detalha uma série de desafios que a região enfrenta, incluindo, a gestão insuficiente das fronteiras, recorrentes golpes de estado e conflitos sociais.

Diante disso, Prodi construiu sua estratégia com uma abordagem “quatro por quatro” voltada para reforçar a governança, a segurança, as necessidades humanitárias e de desenvolvimento e aumentar a cooperação entre os governos da região, a comunidade internacional e as Nações Unidas.

Sobre detalhes do plano estratégico, ele disse que a ação se concentra nos cinco países do Sahel que mais precisam de ajuda – Mali, Burkina Faso, Mauritânia, Níger e Chade. Além do foco no desenvolvimento e na participação regional, a implementação seria impulsionada pela mobilização de recursos inovadores. Para isso, Prodi recomendou a criação de um Fundo de Ação para o Sahel, que funcionará como uma plataforma de recursos para atender as necessidades da região.

O plano de ação também leva em conta a necessidade de trazer a sustentabilidade em longo prazo para a região e recomendou a criação de um Instituto de Pesquisa sobre o Sahel, uma estrutura administrativa que atuaria como centro de treinamento para gerar especialistas em questões relativas à região.

Com informações da ONU