Rio – Uma semana após o golpe de Estado que depôs o presidente François Bozizé, o primeiro-ministro da República Centro-Africana (RCA), Nicolas Tiangaye, nomeou alguns integrantes do governo de transição, que terá rebeldes e políticos de oposição (como membros do gabinete).
O Conselho de Segurança da ONU fez um pedido para que as partes do conflito se abstenham de atos de violência contra os civis. A capital do país, Bangui, foi tomada pela coligação rebelde Séléka no último dia 24. A União Africana suspendeu a participação da RCA em todas as suas atividades e impôs sanções aos líderes da Séléka, observando que suas ações comprometem a precária estabilidade no país.
Os conflitos na RCA foram reiniciados em dezembro de 2012, quando a Séléka realizou uma série de ataques, tomou as principais cidades e avançou sobre Bangui antes de concordarem com negociações de paz. O acordo de paz foi alcançado em 11 de janeiro, em Libreville, firmando um cessar-fogo e a criação de um governo de unidade nacional, em que postos importantes seriam concedidos à oposição. Os rebeldes, no entanto, afirmam que o Governo falhou com seus compromissos.
Esta é a mais recente onda de combates desde dezembro de 2012, quando a coalizão rebelde lançou uma série de ataques, tomando o controle de grandes cidades do país de 5 milhões de habitantes que faz fronteira com o Chade, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, República do Congo e Camarões. Segundo a ONU, cerca de 200 mil pessoas foram deslocadas dentro do país, enquanto mais de 32 mil fugiram para os países vizinhos.
Com informações da ONU