República Democrática do Congo: Violência deixa quase 3 milhões de deslocados

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Milhares de pessoas deslocadas fogem dos arredores de Kibati, Kivu do Norte, na República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/P.Taggart
Milhares de pessoas deslocadas fogem dos arredores de Kibati, Kivu do Norte, na República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/P.Taggart

Katanga – A ONU confirmou esta semana que mais de 400 mil pessoas foram deslocadas recentemente no “Triângulo da Morte” — área entre as cidades de Pweto, Manono e Mitwaba — na província de Katanga, na República Democrática do Congo (RDC).

De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de 600 casas em 11 aldeias foram destruídas desde outubro, um aumento dramático nos últimos dois anos. O Escritório informou também que o total de deslocados por causa do conflito entre o governo e os grupos rebeldes no país é de 2,9 milhões de pessoas.

O representante especial do secretário-geral da ONU para a RDC, Martin Kobler, disse nesta quarta-feira que estava “extremamente preocupado” com a deterioração da situação humanitária na província do sul. “Todos os grupos armados devem parar suas atividades e permitir o acesso humanitário às principais vítimas desta tragédia, as populações civis”, pediu Kobler, que também é o chefe da missão da ONU no país (MONUSCO).

Em março do ano passado, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de uma brigada de intervenção dentro da MONUSCO, com base na província de Kivu do Norte, com um total de 3.069 soldados de paz, para realizar operações ofensivas direcionadas, com ou sem as Forças Armadas da RDC, contra os grupos armados que ameaçam a paz naquela parte do país.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sua enviada especial para a Região dos Grandes Lagos, Mary Robinson, e Kobler reiteraram a importância de uma solução política para resolver as causas subjacentes à violência na região.

Com informações da ONU