Goma – O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta sexta-feira o mais recente surto de violência no leste da República Democrática do Congo (RDC) e apelou a todas as partes para se envolver no processo político que busca enfrentar as causas do conflito.
Em um comunicado divulgado por seu porta-voz, Ban Ki-moon disse que estava “profundamente preocupado com a escalada da violência no leste da RDC”, e em particular pelo bombardeio indiscriminado pelo grupo M23 que provocou mortes, ferimentos e danos entre a população civil nas províncias do leste do país, bem como na área de fronteira com Ruanda. Um membro da força de paz da ONU também morreu em um dos ataques na quarta-feira.
Ban Ki-moon apelou a todos os atores regionais envolvidos para “exercer a máxima moderação e se abster de quaisquer atos ou declarações que poderiam levar a um agravamento da situação”. Ele também apelou a todos os países com influência na região para ajudar a aliviar as tensões.
Durante o ano passado, o M23, juntamente com outros grupos armados, entrou em conflito várias vezes com as forças armadas da RDC (FARDC) no leste da RDC. Como parte de um esforço para resolver as causas subjacentes da violência na região, o governo da RD Congo e de outros 10 países, além de quatro instituições regionais e internacionais, adotaram um plano para consolidar a paz no país.
Conhecida formalmente como Quadro para a Paz, a Segurança e a Cooperação na RDC e na região dos Grandes Lagos, o acordo serve como um modelo para a paz e o desenvolvimento da região.
O Conselho de Segurança também reiterou nesta quinta-feira (29) sua exigência de que tanto o M23 quanto outros grupos rebeldes no país suspendam “todas as formas de violência e deponham as armas”.
Em um comunicado, o Conselho chamou o M23 e as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), entre outros grupos rebeldes, a “imediatamente e permanentemente dissolver e depor as armas”, afirmando que estava pronto a adotar “sanções adicionais direcionadas àqueles agindo em violação ao regime de sanções e ao embargo de armas”.
Os 15 membros do órgão condenaram nos termos mais fortes os “ataques repetidos e orientados” pelo M23 contra civis e contra a Missão de Estabilização das Nações Unidas no país (MONUSCO).
Com informações da ONU