“Não esqueçamos a República Centro-Africana”, apela especialista da ONU

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República Centro-Africana - ONUBangui – O Secretário-Geral Assistente das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ivan Šimonović, alertou, nesta quinta-feira, que as instituições estatais na República Centro-Africana continuam “à beira do colapso” e convocou a comunidade internacional a não abandonar a nação assolada pelo conflito.

– O governo de transição relativamente inclusivo que foi estabelecido permanece muito enfraquecido. Embora a situação em Bangui tenha melhorado superficialmente, o Estado simplesmente não existe fora da capital, nem existe Estado de Direito – disse Šimonović no final de uma visita de quatro dias à República Centro Africana.

A nação tem sido marcada por décadas de instabilidade. Sob o regime de Bozizé, a parte norte do país, predominantemente muçulmana, tem sido negligenciada e a sua população discriminada. Inúmeras violações de direitos humanos, incluindo desaparecimentos forçados, execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura vem acontecendo com frequência.

Para o executivo, as tropas regionais da Comunidade Econômica dos Estados da África Central, necessitam de força internacional mais ampla e diversificada sob a organização logística das Nações Unidas. Tal intervenção também ajudaria a preparar as eleições justas e livres dentro de 18 meses, tal como previsto pelos Acordos de Libreville.

O Secretário visitou também Bambari, a terceira maior cidade do país localizada 385 quilômetros a nordeste de Bangui, onde se encontrou com organizações da sociedade civil e vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos.

Com informações do Centro de Informações das Nações Unidas (UNCRI)