Na noite de 14 para 15 de março, Moçambique foi atingido pelo ciclone Idai que matou mais de 600 pessoas, provocou mais de 1.641 feridos e causou danos de cerca de US$773 milhões. Seis meses depois, ainda é preciso chegar mais ajuda para apoiar a população afetada. A ONU estima que sejam necessários mais US$398 milhões.
As necessidades agravadas por secas e inundações consecutivas podem prejudicar a colheita de março de 2020. Cerca de 2 milhões de pessoas podem enfrentar graves níveis de insegurança alimentar. Nas áreas afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth (que atingiu Moçambique em 25 de abril), mais de 80% da população é dependente da agricultura como fonte primária de renda.
As Nações Unidas e os parceiros humanitários, em apoio ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), querem atender às necessidades dos afetados pelas crises climáticas do último ano, incluindo os dois ciclones, secas e inundações.
Um Plano revisto de Resposta Humanitária, HRP, para Moçambique foi apresentado em Maputo pela coordenadora Humanitária para Moçambique, Myrta Kaulard, que apelou ao envolvimento de todos.
Com apenas 42% do apelo inicial financiado, até 2 milhões de pessoas podem enfrentar graves níveis de insegurança alimentar entre este setembro e a próxima colheita prevista para março de 2020.