Rio – Com exclusividade, Por dentro da África informou que, segundo uma fonte que trabalha no Med-Clinic Heart Hospital, em Pretoria, o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela teria falecido na terça-feira, dia 25 de junho, após a paralisação total de seus pulmões e rins. Durante a semana, acompanhamos as muitas contradições sobre o real estado de saúde do maior herói da África do Sul divulgadas na mídia internacional. Um documento assinado pelos médicos no dia 26 confirmando o estado vegetativo permanente e a indicação de desligar as máquinas foi anunciado nesta quinta-feira, deixando claro alguns dos interesses políticos já citados em nossa página.
– Toda essa demora para anunciar (não podemos esquecer que ainda não houve um comunicado oficial) ocorreu por uma série de fatores como a visita do Obama de uma semana à África, a falta de consenso entre os parentes sobre onde o corpo de Mandela seria enterrado, uma campanha política orquestrada pelo próprio Zuma (que está com índice de popularidade baixíssimo e tenta recuperá-lo). Sem falar em uma herança de mais de 25 milhões de dólares envolvendo a família – disse o informante de Pretoria.
Nesse momento, o governo sul-africano orquestra um jogo de futebol e outro de rugby para comemorar o aniversário de 95 anos de Mandela, no dia 18 de junho. Enquanto parte da família fala sobre a sua possível melhora, outra insiste em um quadro inalterado.
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– Ele está em estado vegetativo permanente, respirando apenas com a ajuda de um ventilador. A família foi indicada desde semana passada a desligar os aparelhos – disse o documento médico do hospital onde Mandela está internado desde 8 de junho. Mais uma vez, diferentemente das evidências médicas, a presidência da África do Sul divulgou um comunicado contraditório, dizendo que Mandela não estaria em estado vegetativo permanente, mas crítico.
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