Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, morre aos 80 anos

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Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, morreu aos 80 anos de idade, neste sábado (18). O reconhecido diplomata nasceu em Kumasi, Gana, em 1938. O economista que recebeu o Nobel da Paz em 2001 estava internado em um hospital em Berna, na Suíça.

De 1997 até 2006, Annan trabalhou como secretário-geral das Nações Unidas e foi o primeiro negro a assumir o posto de chefe da organização. Em comunicado, o presidente da 72a Sessão da Assembleia Geral, Miroslav Lajčák, recordou que Kofi Annan era um dos mais respeitados diplomatas do mundo –  “um extraordinário estadista e um visionário defensor do multilateralismo”.

Em abril de 2001, Annan divulgou um “Apelo à Ação” com cinco pontos com o objetivo de vencer a pandemia de HIV/AIDS. Classificando-a como “prioridade pessoal”, Annan propôs a criação de um Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária para estimular o aumento dos gastos internacionais necessários para ajudar os países em desenvolvimento a confrontarem a crise. Em 10 de dezembro do mesmo ano, Annan e as Nações Unidas foram juntamente premiados com o Prêmio Nobel da Paz, “por seu trabalho por um mundo melhor organizado e mais pacífico”.

Em seu site, a Fundação Kofi Annan disse que Annan “era filho de Gana e sentia uma responsabilidade especial para com a África. Ele estava particularmente comprometido com o desenvolvimento africano e profundamente engajado em muitas iniciativas, incluindo sua presidência no Africa Progress Panel e sua liderança na Aliança por uma Revolução Verde na África (AGRA).”