Nova Iorque – As eleições gerais na Guiné-Bissau, marcadas para 24 de novembro, devem custar à comunidade internacional até 20 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 48 milhões de reais.
A informação foi dada à Rádio ONU pelo representante do secretário-geral das Nações Unidas no país africano, José Ramos-Horta.
Segundo ele, os números exatos ainda não foram finalizados, mas a União Europeia e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) já responderam com cerca de 20% do custo estimado para a realização do pleito.
José Ramos-Horta falou à Rádio ONU antes de uma reunião em Nova York sobre o tema na Comissão de Consolidação da Paz.
– Só depois de termos números exatos acordados entre os doadores, os parceiros principais da Guiné-Bissau e as autoridades da Guiné-Bissau é que podemos então dizer: vamos buscar financiamento. Não vamos pôr a carroça à frente do boi. Isto é: primeiro a comunidade internacional tem que saber e estar de acordo porque é a comunidade internacional que vai financiar praticamente todo o custo das eleições – disse.
Governo de transição
Segundo Ramos-Horta, os países de língua portuguesa ainda não se pronunciaram sobre as doações, mas ele acredita que uma vez definido o orçamento, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as demais organizações regionais serão contatadas para fazerem suas contribuições.
Ramos-Horta também contou à Rádio ONU que outros desafios para a realização das eleições na Guiné-Bissau são de natureza logística. As autoridades guineenses ainda não decidiram se farão a votação por cédulas ou por meios eletrônicos.
Após sofrer um golpe de Estado em 12 de abril de 2012, o país de língua portuguesa da África Ocidental passou a contar com um governo de transição, que deve ser substituído pelas eleições de novembro.
O Prêmio Nobel da Paz informou que mesmo que o calendário das eleições sofra um atraso, a votação não deve tardar mais de três meses, sendo realizada no início de 2014.
Com informações da ONU