Rio – A cidade de Baidoa, no sul da Somália, foi palco de um violento assassinato nesta segunda-feira (24). Durante uma conferência para formação de governo, oito anciões representantes de comunidades locais foram emboscados e assassinados por insurgentes do grupo militante Al Shabaab.
“Eu condeno esses assassinatos cruéis e expresso meus sinceros pêsames às famílias e comunidades dos anciões”, disse Nicholas Kay, responsável pela missão de assistência da ONU no país (UNSOM), que também pediu por cooperação entre os grupos políticos locais. “Todas as partes devem agir com cautela e evitar quaisquer provocações que possam ameaçar a segurança e resultar em maior instabilidade.”
Somália: uma nação dividida
Após décadas de lutas entre facções, novas instituições do governo somali emergiram no ano passado, quando o país concluiu, com o apoio da ONU, sua fase de transição para um governo permanente e democraticamente eleito.
Em comunicado ao encontro do Conselho de Paz e Segurança da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia, Kay requisitou uma ação urgente das autoridades somalis para o processo de construção da paz. “É fundamental que todos os responsáveis se dediquem aos problemas de Baidoa e apoiem um processo pacífico de formação de Estado sob liderança do governo federal.”
O enviado também parabenizou a proposta do governo em reunir os líderes políticos e tradicionais de todas as partes interessadas para um diálogo urgente. “A UNSOM apoia os esforços do governo e trabalhará atentamente com seus parceiros internacionais a fim de acelerar a consolidação do Estado somali.”
Sobre a presente situação do país, Kay notou que a Somália “está em um ponto crucial de uma longa jornada”, enfatizando que “somente juntos poderemos ajudar o governo a entregar à população aquilo de que mais precisa: segurança, justiça, educação, saúde, trabalho e desenvolvimento econômico”.
Com informações da ONU