Por dentro da África
Rio – Centenas de estudantes marcharam em Nairóbi, capital do Quênia, nesta terça-feira para protestar contra o atraso da resposta das forças de segurança do país em relação ao ataque que deixou 147 mortos na Universidade de Garissa.
Centenas de alunos correram pelas ruas e bloquearam o tráfego, enquanto cantavam denunciando o grupo terrorista al-shabaab. Os manifestantes ficaram em frente ao escritório do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, pedindo por compensação governamental para as famílias das vítimas, e mais segurança para os universitários.
Homens mascarados invadiram a universidade na manhã do dia 2 de abril e fizeram reféns. Um toque de recolher durante a noite foi implementado em algumas partes do país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou veementemente o ataque. Em declaração, ele manifestou a esperança de que a situação se resolva rapidamente, sem maiores danos e pediu para que os responsáveis sejam “rapidamente levados à justiça”.
O ataque contra a universidade acontece um ano e meio após o atentado no shopping Westgate, em Nairóbi, considerado o pior atentado terrorista cometido no país desde 1998, quando uma bomba explodiu na embaixada americana.
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As tropas quenianas entraram na Somália em outubro de 2011, em um esforço para bloquear os islamitas que atravessavam a fronteira entre os dois países, mas a sua presença parece ter aumentado a atividade do grupo no Quênia.