O Conselho de Segurança da ONU apelou às forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau a não interferirem na crise política e pós-eleitoral no país. Num comunicado à imprensa, os 15 Estados-membros do órgão incentivaram as forças de estabilização da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a continuar garantindo a segurança das instituições e órgãos do Estado guineense.
Com o processo eleitoral ainda sem desfecho, o candidato declarado vencedor pela Comissão Nacional de Eleições, CNE, tomou posse, em 27 de fevereiro, numa “cerimônia simbólica”. Horas depois, Umaro Sissoco Embaló demitiu o governo formado após as eleições democráticas, em março de 2019, nomeou um novo primeiro-ministro, que por sua vez apresentou um novo gabinete.
A Corte examina um recurso impetrado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ordena à CNE a recontar os votos da última etapa das eleições. Os candidatos foram: Umaro Sissoco Embaló, do Madem-G15, e Domingos Simões Pereira, do Paigc.
Na quarta-feira, o Conselho de Segurança ouviu um relatório sobre a situação política guineense apresentado pela representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Rosine Sori-Coulibaly, e o embaixador do Níger junto às Nações Unidas, Abdou Abarry.
Os países-membros do Conselho manifestam “profunda preocupação” com a crise pós-eleitoral e institucional na Guiné-Bissau. O pedido feito às partes envolvidas é que respeitem as estruturas legais e constitucionais, além do processo democrático para resolver a crise pós-eleitoral.
Os países-membros do Conselho querem que a CEDEAO envie uma missão política de alto nível, com urgência, à Guiné-Bissau, para ajudar a acelerar os esforços para resolver a crise pós-eleitoral.