Gastos com visita de Obama à África podem chegar a 100 milhões de dólares

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Obama em visita ao Senegal - Foto: BrookingsRio – A primeira viagem à África do atual mandato de Barack Obama é de extremo interesse para empresários dos Estados Unidos e governos africanos, que nutrem a expectativa de assinar novos contratos, mas também de receber ajuda do político que é filho de queniano. Nos Estados Unidos, a visita de sete dias está sendo muito criticada pelos gastos, que devem chegar a US$100 milhões, segundo os cálculos do The Washington Post.

Durante uma semana, o roteiro de Obama se divide entre Senegal, África do Sul e Tanzânia e inclui mais de mil pessoas em uma gigantesca comitiva que usará 56 veículos, sendo 14 limusines e três caminhões, todos à prova de bala. Será a missão mais cara de um representante da Casa Branca ao continente africano. Em 1998, Bill Clinton foi duramente criticado por gastar US$42 milhões de dólares dos cofres públicos.

Agenda ObamaEm sua primeira visita ao continente africano, realizada em 2009, com uma breve passagem por Gana, ele discursou para o povo dizendo que os seus líderes africanos deveriam erguer instituições fortes para servir aos africanos e combater os conflitos internos. Desta vez, ele leva toda a família para uma temporada que incluiria até safari. Um navio com estrutura de hospital estaria offshore para atender qualquer membro da equipe em caso de emergência.

No Senegal desde quarta-feira, Obama visitou a Casa dos Escravos, um forte construído no final do século 18 na ilha de Gorée e o líder do país Macky Mall. Na África do Sul, a sua agenda contempla reuniões em Johannesburgo, encontro com o presidente Jacob Zuma e visita à Robben Island, ilha onde Nelson Mandela passou 18 anos preso. Na Tanzânia, seus compromissos serão com o presidente Jakaya Kikwete, além da visita ao Memorial Dar as Salaam.

Para muitos especialistas, a viagem de Obama também tem relação com a forte presença chinesa no continente. O país se tornou o parceiro mais importante da África. No último ano, segundo informações do governo chinês, o volume de negócios entre China e África foi de US$200 bilhões, vinte vezes o valor negociado em 2000, 12 anos atrás. Desde 2009, a África é a parceira numero 1 do país de 1.3 bilhão de habitantes, que necessita de matérias-primas para alimentar as suas indústrias.

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