Países dos BRICS terão 940 milhões de idosos até 2050

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BRICS-logoCom informações da ONU

Em pouco tempo, a população mundial terá um novo retrato, marcado por memórias de quem acompanhou boa parte da nossa evolução. Enquanto você lia essa pequena introdução, mais ou menos 20 pessoas comemoravam 60 anos de vida em alguma parte do mundo. A cada segundo, duas pessoas celebram o sexagésimo aniversário, somando um total de quase 58 milhões de indivíduos por ano.

Para discutir os desafios sociais trazidos pelo envelhecimento, o Fundo de População da ONU (UNFPA) foi a Pequim com uma delegação brasileira para participar nos dias 6 e 7 de dezembro da primeira Reunião dos BRICS sobre Envelhecimento. Segundo os organizadores do evento, em 2015, Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul eram o lar de mais de 380 milhões de idosos com 60 anos ou mais. O contingente representava 42% da população mundial nessa faixa etária.

O ritmo acelerado de envelhecimento da população deve seguir crescendo. Combinados, os idosos dos quatro emergentes poderão somar 630 milhões em 2030 e 940 milhões em 2050 — ou 45% do total mundial.

O estudo do UNFPA Envelhecimento no Século XXI: Celebração e Desafio revela que uma em cada nove pessoas no planeta tem 60 anos ou mais. Até 2050, a proporção deverá aumentar, chegando a uma em cada cinco.

“O envelhecimento populacional é uma realidade nos países BRICS, resultado de diversos avanços observador nas últimas décadas. Nesse sentido, é fundamental compartilhar soluções para os desafios comuns e garantir o melhor aproveitamento das oportunidades que as mudanças na estrutura da população representam, com garantia de direitos a todas e todos”, defende Vinícius Monteiro, assessor para população e desenvolvimento do UNFPA no Brasil.

O especialista acompanhou o evento na China, que abordou experiências de cada um dos países em desenvolvimento, além de debater soluções para problemas comuns e iniciativas de Cooperação Sul-Sul sobre o tema.