ONU pede apoio da comunidade internacional para melhorar governança na África

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Imagem – União Africana

Com informações da ONU

Em discurso durante a Semana da África – evento de alto nível que ocorreu neste mês de outubro (14) – o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos Estados-membros que continuem apoiando o continente africano, a fim de dar impulso à boa governabilidade na região e à implementação da Agenda 2030.

“É interessante lembrar uma sabedoria milenar da África: se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá acompanhado”, disse o secretário-geral durante evento que ocorre na sede da ONU, em Nova York.

“O caminho para a Agenda 2030 é longo e árduo. Se quisermos alcançar nossa visão global de uma vida de digna para todos, temos de trabalhar juntos com muito vigor”, acrescentou.

Ban também lembrou que a ONU está trabalhando incansavelmente para fortalecer a paz e a segurança na África, e observou o suporte dado pela organização para a implementação da Arquitetura de Paz e Segurança em conformidade com o projeto da União Africana de ‘Silenciar as armas até 2020’.

Ele destacou também a importância de se trabalhar junto para consolidar a paz nos Grandes Lagos, na região do Sahel, no Chifre da África e em outras regiões do continente.

Além disso, o dirigente máximo da ONU notou que os conflitos no Sudão do Sul, no Sudão e em outros países continuam causando sofrimento terrível, cujos os impactos são sentidos em todo o continente e além.

Outro ponto observado pelo secretário-geral diz respeito aos eventos que têm colocado em xeque a credibilidade de algumas eleições realizadas no continente.

“A comunidade internacional precisa apoiar os países africanos, trabalhando com todos os parceiros nacionais e regionais relevantes”, sublinhou.

Ele mencionou o papel do Mecanismo Africano para impulsionar a boa governança, realizar eleições, além de garantir que a sociedade civil seja livre para desempenhar o seu papel essencial.

Destacando a ameaça da mudança climática, Ban disse que os países da África têm pouca participação nas mudanças do clima, mas estão entre as nações mais afetas pelos impactos.

Ele expressou que, com a entrada em vigor do Acordo de Paris em 4 de novembro, o mundo terá um padrão de consciência ambiental que pode ajudar a África a se adaptar à mudança.

“A Agenda 2030, a agenda de Adis Abeba e o Acordo de Paris oferecem à humanidade um plano universal que, se for implementado com urgência, de forma eficaz e em grande escala, vai transformar o nosso mundo, eliminando a pobreza extrema; construindo sociedades pacíficas e inclusivas; aumentando a prosperidade; empoderando as mulheres e meninas; e combatendo as mudanças climáticas”, disse o presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, que também discursou durante o evento.

Parabenizando o alinhamento da Agenda 2063 com a Agenda 2030, Thomson acrescentou: “É uma clara demonstração do compromisso da União Africana com o desenvolvimento sustentável”.