Com informações do Instituto Lula
Durante a semana passada, mais de 60 conferencistas de 40 países participaram das mesas de debates da “Conferência Internacional sobre a Emergência da África”, realizada em em Abidjan, capital da Costa do Marfim.
O encerramento do seminário foi feito pelo primeiro-ministro da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan. Em seu discurso, ao lembrar que o continente africano mantém uma taxa de crescimento de 5% ao ano desde o começo do século XXI, ele afirmou: “A redução da pobreza é o nosso primeiro desafio”.
Para atingir esse objetivo, Duncan destacou uma lista de recomendações aos governantes dos países africanos que têm apresentado robustas taxas de crescimento. O dirigente marfinense salientou a necessidade de uma forte ação do Estado voltada para o desenvolvimento social, assim como a urgência dos africanos mudarem seus padrões de produção e de consumo, manterem o foco no desenvolvimento humano e uma constante preocupação com a formação profissional e a criação de empregos.
Esses pontos foram incluídos na declaração final do seminário, apresentada também no ato de encerramento. Lida pelo diretor-geral para a África do PNUD, Abdoulaye Mar Dieye, a “Declaração de Abidjan” foi aprovada por aclamação da plateia e evidenciou a preocupação do governo marfinense, promotor do seminário, em não deixar que o evento fosse considerado “apenas um a mais” na relação de dezenas de seminários que se realizam na África.
A ‘Declaração de Abidjan’ foi o resultado final do trabalho de avaliação e depuração do conteúdo dos debates, realizado pelos moderadores de cada uma das sessões do encontro. A Declaração termina com três resoluções a explicitar a preocupação dos organizadores em não deixar que se percam os aprendizados dos debates. Foi decidido criar um centro de vigilância estratégica sobre a emergência na África, assim como organizar a cada dois anos um fórum de discussões e avaliação que dê prosseguimento ao de Abidjan e também constituir um comitê permanente de alto nível formado por representantes da Costa do Marfim, da União Africana, das Comunidades Econômicas Regionais do continente, do PNUD, do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento para assegurar as recomendações da “Declaração de Abidjan”.
Com informações do Instituto Lula