Com informações da ONU
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou no dia 10 de novembro que cerca de 11 milhões de crianças na África Oriental e Meridional correm o risco de serem gravemente afetadas pelas consequências do El Niño. Secas e enchentes são alguns dos efeitos do fenômeno climático, que atinge também outras partes do mundo, como a Ásia, a América Latina e as ilhas do Pacífico.
Uma das preocupações da agência da ONU é com as secas, que têm destruído plantações e gerado insegurança alimentar. O UNICEF estima que, na Somália, mais de 3 milhões de pessoas precisem de auxílio por conta de perdas nas safras e da escassez de chuvas. A Etiópia enfrenta, atualmente, a pior seca dos últimos 30 anos, o que já deixou 8,2 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. No país, 350 mil crianças precisariam de assistência nutricional.
“As consequências podem estender-se por gerações a não ser que as comunidades afetadas recebam apoio em meio às perdas das safras e à falta de acesso à água potável que estão deixando as crianças mal nutridas e em risco de doenças fatais”, afirmou o UNICEF. A agência também destacou que a subnutrição pode causar nanismo e atrasos no desenvolvimento mental dos jovens.