Nesta semana, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP24, na cidade de Katowice, na Polônia, a chamada “Grande Muralha Verde” foi destacada. Segundo a ONU, a expectativa é de que o muro ecológico que está sendo implementado em mais de 20 países africanos possa ajudar na solução de ameaças como seca, fome e migração. A ambição é construir um muro de árvores de 8 mil km que atravesse o continente de leste a oeste.
O cientista responsável pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Barron Joseph Orr, explicou que a intenção inicial era transformar a área em “algo verde”, plantando árvores, mas na verdade o que o projeto tenta fazer é “criar um valor agregado para as pessoas que vivem nessas terras, não apenas plantando árvores, mas fazendo de uma forma ligada à economia que sirva para sustentar a subsistência delas e de futuras gerações.”
No Senegal, em menos de uma década, já foram plantadas 12 milhões de árvores resistentes à seca. No Níger, nos 5 milhões de hectares de terra já recuperados são agora produzidas 500 mil toneladas de grãos por ano. Na Etiópia, 15 milhões de hectares de terras degradadas foram reabilitadas.