‘Precisamos nos entregar ao esporte para ganhar mais medalhas’, diz atleta moçambicano

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Joaquim Lobo – Arquivo Pessoal

Natalia da Luz, Por dentro da África

Rio – Moçambique, um país africano banhado pelo Oceano Índico, trouxe para os Jogos Olímpicos do Rio seis representantes do atletismo, judô, canoagem e natação. Durante os Jogos, eles ergueram a bandeira da nação de 28 milhões de habitantes. Aos 21 anos, Joaquim Lobo foi um dos atletas que competiu pelo país. O Por dentro da África conversou com ele na Vila dos Atletas.

– Quando estou no mar, eu esqueço de tudo e só quero remar. Somos poucos atletas da canoagem em Moçambique, mas esse número deve crescer – disse ao Por dentro da África, Joaquim, que compete desde os 15 anos e, no Rio, competiu em canoa individual e canoa dupla com Mussa Chamaune em 200 e 1000 metros.

Joaquim Lobo – Arquivo Pessoal

Localizado na costa oriental da África, Moçambique faz fronteira com Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Zimbábue, Suazilândia e África do Sul. O país que ficou independente de Portugal em 1975 tem como fonte da economia a agricultura. Desde 2001, a taxa média de crescimento econômico do país tem sido uma das mais altas do mundo, superior a média de 5% da África Subsaariana.

-Estou muito orgulhoso por representar o meu país. Nessas Olimpíadas, tivemos muitos recordes batidos, muitas surpresas, vimos muitos atletas que eram favoritos perderem, mas isso não comprometeu o espírito olímpico – contou o moçambicano, lembrando que os Jogos Olímpicos do Rio foram ainda mais especiais porque foram realizados em um país de língua portuguesa.

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A moçambicana Mutola – Olympic

Moçambique participou, pela primeira vez, dos Jogos Olímpicos em 1980 e, desde então, participou de todas as edições dos Jogos. Moçambique ganhou duas medalhas em Jogos Olímpicos devido à garra da atleta de atletismo Maria de Lurdes Mutola: uma de ouro em Sydney (2000) e outra de bronze em Atlanta (1996).

Veja mais: Conheça a medalhista moçambicana Lurdes Mutola 

Joaquim Lobo – Arquivo Pessoal

-Tenho que me esforçar mais para chegar a um nível competitivo internacional. Aprendi que, em uma regata, não é só vencer, mas ganhar experiência. Pude conhecer os melhores do mundo e me inspirar neles para chegar lá. Precisamos desenvolver o esporte e isso depende de todos nós. Temos que ter a entrega de cada um para o esporte, só assim que vamos brigar por mais medalhas – completou Joaquim.

Veja as posições dos países africanos no quadro de medalhas na Rio 2016