África nas Olimpíadas: Haile Gebrselassie – O “Imperador” asmático

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Foto Omega/Giancarlo Colombo Pechino Cina 17/08/2008 Olimpiadi Beijing 2008. Atletica Leggera - 10000mt nella foto: Gebrselassie Haile
Foto Omega/Giancarlo Colombo Pechino Cina 17/08/2008 Olimpiadi Beijing 2008. Atletica Leggera – 10000mt nella foto: Gebrselassie Haile

Por Andre Carlos Zorzi, Por dentro da África

Apelidado de “Imperador” por ter o nome semelhante ao de Haile Selassie, imperador da Etiópia no século passado e conhecido por ser um dos ícones do Rastafarianismo, Haile Gebrselassie passou a infância em uma pequena propriedade sem saneamento básico ou eletricidade, ao lado de seus oito irmãos, em uma plantação de milho e arroz no interior do país. Sua mãe morreu quando tinha apenas sete anos, e seu pai não apoiava o desejo do filho em se tornar um esportista, já que acreditava que teria melhor futuro como fazendeiro.

Os primórdios da carreira de um dos maiores fundistas de todos os tempos se deram com a grande distância que tinha que correr diariamente para frequentar sua escola: Dez quilômetros, passando por florestas, rios e estradas cheias de terra e lama.

É importante lembrar de que o etíope sofre de asma induzida por exercício (AIE), motivo que o fez abandonar algumas provas ao longo da carreira, como a Maratona de Berlim, em 2011, e a Maratona Olímpica de Pequim-2008. Apesar disso, quebrou 27 recordes importantes ao longo de sua carreira.

Logo em sua primeira Olimpíada, em Atlanta-1996, ganhou a medalha de ouro nos 10.000m. Disputaria também a prova dos 5.000m, da qual era detentor do recorde mundial à época, mas machucou os pés na prova que havia disputado, uma vez que a pista era feita de um material próprio para corredores de velocidade, não de longas provas como a sua.

Voltou em Sidney, quatro anos depois, ganhando novamente o ouro nos 10.000m. Em 2004, tentaria novamente, mas teminaria apenas na 5ª colocação, e em 2008, apenas a 6ª colocação.

Haile diversificou suas atividades e também passou a disputar maratonas. Tentou se classificar para a de Londres-2012, mas não conseguiu.

Seu trabalho é tão reconhecido e valoroso que foi convidado pelo COI para ser uma das oito personalidades que carregaram a bandeira olímpica na cerimônia de abertura dos últimos jogos Olímpicos, despedindo-se dignamente das competições esportivas.