Pouco antes do Dia Internacional da Mulher, lembrado anualmente em 8 de março, uma equipe de uma agência das Nações Unidas chegou a Serra Leoa para apoiar a igualdade de gênero e trazer atenção internacional para uma nova política nacional destinada a reconhecer o papel fundamental das mulheres na obtenção de uma ampla crescimento econômico, bem como consolidar os esforços de paz.
“Esta missão é uma demonstração única da ONU trabalhando de modo unido por um lado, e um grande exemplo de parceria com a sociedade civil e o setor privado, por outro”, disse o Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), Kandeh Yumkella.
Yumkella lidera a delegação, juntamente com o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, e a fundadora da Fundação Cherie Blair para Mulheres, Cherie Blair, a convite do Governo de Serra Leoa e do Sistema das Nações Unidas no país. A equipe também inclui representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ONU Mulheres.
Durante a visita, as funcionárias e funcionários da ONU participarão de uma conferência para marcar o Dia Internacional da Mulher com o objetivo de chamar a atenção internacional para a participação ativa das mulheres no desenvolvimento socioeconômico de Serra Leoa, através da Agenda do Presidente para a Mudança e da nova política ‘Agenda para a Prosperidade’, de acordo com um comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira (6).
A política tem o objetivo de eliminar restrições que impedem as mulheres de participar e se beneficiar do desenvolvimento econômico em Serra Leoa. O país possui uma das mais baixas posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Por 11 anos, Serra Leoa foi dilacerada por uma guerra civil após a força rebelde Frente Unida Revolucionária tentar derrubar o então Presidente Joseph Momoh.
O conflito, que durou de 1991 a 2002, foi muitas vezes marcado por atos de extrema brutalidade, como a presença de bandos de jovens saqueadores armados aterrorizando a zona rural, recrutando crianças-soldado e usando a amputação de membros das pessoas como uma estratégia de intimidação.
Fonte: ONU Brasil